Rodrigo Brandão está mudando de pele de novo. Depois de reconhecido como VJ do saudoso Yo! MTV Raps e ter conseguido se transformar no MC Gorila Urbano à frente do também saudoso Mamelo Soundsystem, ele agora assume o próprio nome ao lançar seu primeiro disco solo, expandindo as fronteiras de seu canto falado para além do hip hop. É um processo que ele vem maturando há uma década a partir de uma série de colaborações que tem feito com alguns broders do Hurtmold e outros nomes de peso como Del The Funky Homosapien, Mike Ladd, Prince Paul, Lúcio Maia, Naná Vasconcelos, entre outros, em projetos como Ekundayo, Zulumbi, 3rd World Vision e Brookzill.
No entanto, o recém-lançado Outros Barato, produzido por Thiago França, é o primeiro disco que assina com seu próprio nome – e que mostra que partiu para o spoken word como uma continuação de seu trabalho como MC de hip hop. No novo disco, ele juntou bambas como Guizado, Rodrigo Carneiro, Richard Ribeiro, Tulipa Ruiz, Victor Vieira-Branco, Marcelo Cabral, Thomas Rohrer, Pupillo, Juçara Marçal e os suspeitos de sempre do Hutmold (Maurício Takara, Marcos Gerez, Rogério Martins e Guilherme Granado) para três sessões de descarrego verbal e instrumental. Conversei com ele sobre este seu disco de estreia, lançado quase décadas depois de sua estreia no mundo fonográfico.
Como surgiu a idéia de Outros Barato?
Como você começou a se envolver com o canto falado?
Fale sobre as sessões que deram origem ao disco.
O quanto o disco foi improvisado?
Como surgiu o título do disco?
Você definia os temas que ia falar a partir dos convidados?
Como serão os shows deste disco?
Como você vê a cena de spoken word no Brasil?
Teve alguém que você quis registrar que não conseguiu?
O que mais você anda fazendo desde que o Mamelo acabou?
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